top of page

Tema 10

UM CORAÇÃO ALEGRE

 

No dia 5 de agosto de 2010, uma avalanche na mina de cobre chilena de Copiapó prendeu 33 mineiros a 700 metros de profundidade. Outro grupo de mineiros, que estava mais perto da entrada da mina, conseguiu escapar. Mas, para aqueles 33, a história foi diferente. O mundo desmoronou literalmente em volta deles.

A primeira coisa que lhes passou pela mente foi a necessidade de sobreviver e escapar. O líder do turno, Luis Urzúa, imediatamente assumiu o comando e organizou os homens em uma equipe que tomava todas as decisões de forma democrática. Isto é, a maioria dos votos determinava cada plano e ação. Para ter qualquer esperança de sobrevivência, eles precisavam de harmonia entre si.

Eles tinham apenas um espaço de 2 km de galeria em que se mover.

A falta de escadas de emergência dificultava as tentativas de escapar pelos dutos de ventilação. Seus suprimentos, suficientes para 2 ou 3 dias, tiveram que durar semanas. Racionamento cuidadoso, disciplina estrita, apoio social e companheirismo, tudo foi necessário.

Cada um dos homens perdeu uma média de 8 kg. Para alguns, isso foi uma vantagem desconfortável, mas necessária. Do contrário, eles não poderiam se encaixar nas cápsulas de escape quando, finalmente, a ajuda chegou de cima.

No dia 22 de agosto, uma broca furou seu oitavo buraco e quebrou seu eixo bem perto de onde os mineiros estavam, ansiosamente, aguardando o resgate. Durante dias os mineiros ouviam as brocas e faziam bilhetes para colar nelas. Um de seus recados mais famosos dizia: “Estamos bem no abrigo, os 33.”

Todos ficaram alegres e emocionados ao saber que os homens ainda estavam vivos. A esperança aumentou para as famílias e entes queridos. No entanto, havia uma incerteza quanto à execução do resgate. E a preocupação de que, se o regate durasse meses, os homens presos poderiam não sobreviver todo esse tempo.

 

Durante esse tempo, um fenômeno interessante ocorreu: uma cidade de tendas se espalhou em volta da entrada da mina. No início, familiares e amigos dormiram nos carros e esperaram e oraram. Então, os amigos trouxeram tendas e outros suprimentos para ajudar aqueles que estavam lá vigiando, para que eles pudessem sobreviver ao ambiente do deserto. O lugar foi apropriadamente chamado de Acampamento Esperança.

Colaboração geral, engenhosidade da engenharia, planejamento cuidadoso e obstinada determinação levou os mineiros para cima, um por um: seguros e salvos, após 69 dias presos. O que fez com que esses homens não desistissem? Como esses homens, presos por quase 2 meses debaixo da terra, não se desesperaram? Liderança, colaboração, disciplina, senso de humor... tudo isso foi vital. Ainda assim, o mais importante, entretanto, foi o otimismo e a esperança. Sem isso, eles teriam morrido.

 

 

OTIMISMO e ESPERANÇA fazem muita DIFERENÇA!

O otimismo é definido como uma inclinação para a “esperança e a confiança.”

Pelos olhos de um otimista, o copo está meio cheio;

pelos olhos de um pessimista, o copo está meio vazio.

O otimismo tem por base a confiança em Deus; é a crença de que Ele faz todas as coisas para o nosso bem, de acordo com o verso de Rom. 8:28:

“sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”.

 

 

Quem nunca passou por desgostos e não enfrentou problemas?

Quem não experimenta dificuldades em nosso mundo decaído?

 

Escolher ser otimista. Sim, é uma escolha, algo que está sob nosso controle.

Os pessimistas tendem a acreditar que os eventos ruins vão durar por muito tempo e, muitas vezes, abandonam a ideia de que a situação vai melhorar. A abordagem do otimista, por outro lado, é ver um evento negativo como um revés temporário.

“Um pessimista vê dificuldade em cada oportunidade, um otimista vê oportunidade em cada dificuldade,” disse Winston Churchill.

 

 

A Bíblia fala muito sobre esperança.

Imagine se você não acreditasse em Deus? Imagine se a sua vida fosse só isso: viver, sofrer e morrer. E você só apodrecesse no solo da terra. Isso podia ser uma justificativa para o pessimismo, certo?

Há a promessa de que Deus não apenas existe, mas que Ele nos ama:

“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rom. 8:38-39).

 

 

Sorria, Deus está te filmando!

O riso estimula as endorfinas, uma das substâncias químicas do cérebro responsáveis pela sensação de bem-estar e pela redução da dor.

Às vezes, sentar e conversar com um amigo, ter momentos bons e rir juntos, pode fazer maravilhas e mudar nossa atitude. Isso não significa que os seus problemas se acabaram. Não, isso significa que a maneira como você reage a eles, mudou. E isso pode fazer toda a diferença do mundo. Isso pode causar um efeito positivo em você, não só mental e espiritual, mas físico também.

Não é de admirar que a Bíblia diga:

“o coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Prov. 17:22).

 

 

O que uma gargalhada faz no nosso corpo?

Ela exercita os pulmões, estimula o sistema circulatório, e aumenta o consumo de oxigênio nos pulmões, que é então distribuído para o sangue e as células. Ela age como se fosse um personal trainer. A frequência cardíaca, a respiração e a circulação aceleram após uma boa risada. Depois, a pulsação e a pressão arterial diminuem, e os músculos ficam mais relaxados.

 

Estudos mostram que, cada vez que uma pessoa fica feliz e ri genuinamente, o sistema nervoso simpático é estimulado, o que, por sua vez, produz substâncias químicas no organismo chamadas de catecolaminas. Essas substâncias estimulam uma parte do cérebro que produz outra substância chamada endorfina. As endorfinas são os opiáceos naturais do corpo; isto é, elas relaxam a mente. Elas podem aliviar a dor de forma mais eficaz do que até mesmo drogas como a morfina. Elas podem elevar o humor e até aumentar a imunidade das células. Sim, o riso é certamente um remédio poderoso.

 

O otimismo promove significativamente o bem-estar físico e mental, contribuindo para um estilo de vida saudável. Esses benefícios também ajudam a evitar o cansaço mesmo em situações críticas de doença crônica.

 

Veja, haverá momentos em que poderemos nos sentir como os mineiros chilenos após o colapso das galerias: presos, enterrados vivos pelos acontecimentos e circunstâncias que nos acontecem. Mas nunca estaremos sozinhos. Podemos escolher ser otimistas, principalmente quando nos lembramos das maravilhosas promessas da Bíblia, como em Lamentações 3:21-23: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade”.

 

Com esse tipo de segurança, podemos celebrar a vida e desfrutar da plenitude, mesmo enquanto enfrentamos dificuldades. Não importa o que aconteça, o otimismo e a esperança trazem alegria para a vida.

Início

bottom of page